ONG suspende atendimento para 300 famílias de crianças com microcefalia após furto de equipamentos em Salvador

Instituição, que fica localizada no bairro de Mussurunga I, foi invadida quando não havia ninguém no local. Notebooks usados em consultas e cestas básicas que seriam doadas a assistidos foram levados.

ONG suspende atendimento para 300 famílias de crianças com microcefalia após furto de equipamentos em Salvador
Divulgação

Uma ONG que assiste a 300 famílias de crianças com microcefalia teve o atendimento suspenso, nesta semana, após ser invadida e ter equipamentos cruciais para o funcionamento furtados, no bairro de Mussurunga I, em Salvador.

O crime aconteceu na madrugada de segunda-feira (27), quando não havia ninguém na instituição. Os responsáveis só descobriram a ação quando a equipe chegou ao local para trabalhar pela manhã e se deparou com a ONG revirada.

O imóvel não tem câmeras de seguranças e, por isso, não foi possível identificar como foi praticado o crime, mas a suspeita é de que uma geladeira foi usada pelos suspeitos como apoio após retirarem um forro de PVC que cobria a copa da instituição.

"É bem provável que era alguém que já sabia por onde descer, sabia que aqui tinha somente o forro. Infelizmente, a gente fica a mercê", afirmou Raniele Nascimento, presidente da ONG.

Foram levados três notebooks que eram usados em consultas de especialidades, como fonoaudiologia e fisioterapia, além de aproximadamente 20 cestas básicas que seriam doadas para as famílias. Além disso, uma televisão foi quebrada durante a invasão.

O caso é investigado pela 12ª Delegacia Territorial (DT/Itapuã), onde a situação foi registrada. Em nota, a Polícia Civil (PC) informou que está ouvindo envolvidos para identificar os suspeito e elucidar o crime. Até a última atualização desta reportagem, ninguém havia sido preso.

Os responsáveis pela ONG pedem apoio para manter o estabelecimento em operação. Atualmente, a instituição se mantém com ajuda de doações. Uma reforma está sendo realizada no imóvel para tentar apoio governamental. O furto prejudica ainda mais o andamento da situação.

"Por conta de alguns alvarás e liberações, a gente não pode fazer parcerias com a município e o estado, então, a gente não consegue receber algumas emendas governamentais", explicou a presidente da ONG.

Nesta quarta-feira (29), uma empresa se comprometeu a oferecer videomonitoramento para o imóvel, com o intuito de inibir ações criminosas.

Reprodução: G1