Ônibus seguem limitados e escolas continuam fechadas após morte de policial federal

Moradores andam até 3,5 km para pegar condução nesta segunda-feira (18)

Ônibus seguem limitados e escolas continuam fechadas após morte de policial federal
Reprodução\Redes sociais

Os moradores de Valéria enfrentam dificuldade para pegar ônibus ao longo da manhã desta segunda-feira (18). Os veículos de transporte coletivo seguem com circulação limitada no bairro após a operação da Polícia Federal que terminou com um agente morto nas margens da Estrada do Derba na última sexta-feira (15). Por isso, os ônibus só vão até a Rua da Matriz, que fica em frente a Prefeitura Bairro e é uma das vias de entrada do bairro para quem chega pela BR-324. A região também segue sem aulas nas escolas municipais.

A limitação de ônibus faz moradores caminharem até 3,5 km, como conta o servidor público Fábio da Silva, 38 anos. Morador da região da localidade de Boca da Mata, ele enfrentou 40 minutos de caminhada para conseguir pegar o ônibus na Rua da Matriz. "Eu pego ali na beira da Estrada do Derba e, em um instante, chego na BR. Fui lá e não tinha ônibus ainda. Tive que subir Valéria toda e já estou uma hora atrasado para meu compromisso", conta ele.

Além dos moradores de Boca da Mata, onde houve a troca de tiros entre policiais e integrantes da facção do Bonde do Maluco (BDM) na sexta-feira, quem vive em Nova Brasília de Valéria, outra localidade do bairro, passa pelo mesmo problema. Fabiane Mota, 28, diz ter andado mais de 1,5 km e afirma não entender o motivo da suspensão da circulação dos ônibus no local.

"O tiroteio foi lá na Estrada do Derba, bem distante da gente e, mesmo assim, ficamos sem transporte por três dias. Como vai trabalhar segunda-feira dessa forma? De todo jeito, somos punidos. Quando não é pelo medo da violência que há ao redor, é por não conseguir fazer as coisas porque tudo fica suspenso", reclama ela sobre a ausência do serviço.

Quem vai a Rua da Matriz para pegar o ônibus ainda precisa esperar cerca de 25 minutos para conseguir pegar um Estação Pirajá que, por conta do volume de pessoas que estão nos pontos, só sai lotado rumo à estação. Segundo os moradores, desde o início da manhã, o Valéria R2 (1395), uma das linhas de maior procura no bairro, não está rodando no local.

Créditos:Jornal correio