Músicos do Ilê Aiyê, bloco afro mais antigo do país, relatam racismo antes de apresentação em restaurante: 'feridos na alma'
Caso aconteceu em um estabelecimento de Salvador e foi relatado, nesta quinta-feira (30), através de uma publicação em uma rede social.
Artistas da banda do Ilê Aiyê, bloco afro mais antigo do país, teriam sido vítimas de racismo antes de uma apresentação em um restaurante de Salvador. O caso foi relatado, nesta quinta-feira (30), através de uma publicação em uma rede social.
Conforme relato, a Band’Aiyê teria sido convidada para uma apresentação no restaurante. Ao chegar no local, o grupo pediu informações à produção local de onde seria feita a troca de roupa, já é utilizado um figurino.
"Foi nos indicado uma sala, no espaço, para que pudéssemos nos arrumar para o evento. Após um tempo já nessa sala, eis que surge uma senhora, desesperada, pedindo que saíssemos daquele local, que não era para estarmos ali pois naquele local tinha coisas de valor".
Após os responsáveis explicarem que estávamos ali, para colocar o figurino da apresentação, essa senhora exigiu que uma funcionária do estabelecimento ficasse na entrada da sala e a porta ficasse aberta, ou seja, fomos tratados como ladrões e não artistas que estavam ali para realizar um trabalho. É claro que a primeira intensão foi sair do local e não realizar a apresentação, mas fomos convencidos pelo contratante a fazer tal apresentação.
É inadmissível que esse tipo de coisa continue acontecendo na nossa cidade. Alguns brancos e brancas dessa cidade precisam entender que ser negro ou negra não é sinônimo de ser ladrão ou ladra.
Fomos feridos na alma e esperamos que atos como esse deixem de acontecer em nosso país ✊