Moradora de Salvador, fonoaudióloga acusa ex-marido de violência doméstica e abuso da própria filha

Moradora de Salvador, fonoaudióloga acusa ex-marido de violência doméstica e abuso da própria filha
Divulgação/ Redes sociais

Moradora de Salvador, a fonoaudióloga Tamires de Sousa Reis usou as redes sociais neste domingo (21) para fazer uma denúncia contra o ex-marido por violência doméstica e estupro de vulnerável. O acusado é Paulo Roberto Santos de Souza Filho.

Segundo relato de Tamires, ela e sua filha de 3 anos estão sob situação de riscos. Ela afirma que, durante 12 anos, foi vítima do ex-companheiro em função de um relacionamento abusivo. Ela conta que sofria agressões físicas, verbais e psicológicas.

Tamires aponta, ainda, que a violência se estendeu para a filha do casal logo após a separação quando a criança tinha um ano e seis meses.

Em setembro de 2023, Tamires registrou um Boletim de Ocorrência contra Paulo, após ver indícios de que a filha do casal estaria sendo vítima violência sexual. 

Ao mesmo tempo, Tamires solicitou à Justiça uma medida protetiva contra o ex-marido. Em novembro de 2023, o juiz da 1° Vara de Violência Doméstica contra a Mulher de Salvador, Arlindo dos Alves dos Santos Júnior, atendeu ao pedido e Paulo ficou proibido de se aproximar da ex-esposa e seus familiares, e de manter contato com ela por qualquer meio que fosse. 

A fonoaudióloga tentou a guarda provisória da filha. Porém, em junho deste ano, a promotora, Luciana Maria B. Cardoso Neves Almeida, promoveu o arquivamento do processo, alegando insuficiência de provas para a continuidade da investigação, mesmo com a abertura de inquérito pela Policia Civil.

O entendimento do Ministério Público da Bahia foi seguido pelo desembargador e relator do processo, Raimundo Cafezeiro, em parecer emitido no dia 17 de julho. Com isso, a guarda da criança passou a ser compartilhada. Cafezeiro também determinou que a pensão seja de dois ao invés de seis salários mínimos, como queria Tamires. 

Paulo é dono da academia PS Tênis Executivo, que entre os clientes estão políticos, empresários e juízes. Ela, no entanto, não menciona o nome do ex-companheiro no vídeo ou durante entrevistas.

Ela também enviou documento que comprova a realização do registro de ocorrência junto a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes contra a Criança e ao Adolescente (Dercca).

Com o revés na Justiça, ela decidiu expor o caso na internet. Em sua conta no Instagram, ela publicou um vídeo relatando com detalhes toda situação. Na rede social o registro viralizou. A postagem já teve mais de 4,3 mil curtidas e 2,1 mil comentários.

Divulgação: Bahia notícia